Kinguio Ficha Técnica

Nome científico: Carassius auratus
Nome popular: Peixe japonês, kinguio

Os kinguios são muito brincalhões e bastante sociáveis, adoram uma vida comunitária, convivendo sem problema com as outras espécies, como os tanicts, lebistes, peixe-do-paraíso, entre outros. O único detalhe a ser considerado é não colocá-lo junto com peixes que atacam (como os tetras e sumatras), eles beliscarão as suas longas nadadeiras. São bastante resistentes e não darão trabalho ao seu criador.

Sua única exigência é quanto a aeração do aquário, que deverá ser bem eficiente, para não deixá-lo com falta de ar, pois eles necessitam de muito oxigênio. Coloque-os num recipiente grande, com cerca de 15 litros para cada peixe adulto, isso é necessário porque o peixe japonês pode atingir grandes proporções, na natureza ele chega a 30 cm. Aguenta temperatura entre 10 e 20 graus, mantenha o pH alcalino e use uma lâmpada Grow-lux para iluminar o ambiente. Bagunceiro, o peixe o japonês não perde a mania de revirar todo o substrato do aquário e arrancar as plantas à procura de alimento, deixando assim a água turva.

Para que ele desista desse hábito pouco civilizado, faça uma grossa forração no fundo do aquário (cerca de 5 cm), usando 10% de cascalho branco e 90% de cascalho do rio. Como vegetação, as plantas que melhor resistem as travessuras do kinguio são a Vallisneria, a Elodea e a Echinodorus.

No Brasil, as espécies mais conhecidas são: “Telescópio”- que possuem os olhos esbugalhados e salientes; “Celestial”- sem nadadeira dorsal e com os olhos virados para cima; “Cometa”- mais semelhante ao peixe, vermelho comum, a nadadeira caudal se divide em 2 lóbulos alongados; “Cauda de leque”- nadadeira caudal dupla e cada parte também bifurcada, formando um total de 4 lóbulos; “Cabeça de leão”- cabeça coberta por um volumoso dobramento de pele, semelhante a uma juba, não tem nadadeira dorsal e a cauda é dupla; “Cauda de véu”- a nadadeira caudal é completamente dividida e pende abaixo do corpo.

Com relação a alimentação, tome cuidado com a quantidade ministrada nas 3 refeições diárias que o peixe deve receber. As porções devem ser proporcionais para que eles comam tudo em 3 minutos, já que excesso de comida deixam a água ainda mais leitosa. Os kinguios comem praticamente de tudo: verduras picadas, cereais, tubifex, comida seca, minhocas. Nunca ofereça alimentos que fermentam, eles podem causar uma série de pertubações gástricas e geralmente levam o peixe à morte (devido ao atrofiamento e deformação do corpo, seu intestino é comprimido e sofre com a fermentação de alimentos).

Reprodução
Distinguidos apenas na época da reprodução, nesse perído é fácil diferenciar os sexos, a fêmea apresenta a região anal bem mais volumosa e no macho se desenvolvem alguns nódulos nas nadadeiras peitorais, nas brânquias e na cabeça. Obter a reprodução da espécie em aquários é fácil e simples. Basta colocar 2 machos e uma fêmea num aquário separado, com bastante plantas, as flutuantes são indispensáveis, pois é aí que a fêmea deposita os óvulos.

O momento da desova é facilmente percebido: os peixes ficam agitados, os machos começam a perseguir a fêmea próximo a raízes das plantas flutuantes, onde ela libera aproximadamente 800 óvulos, sendo imediatamente fecundados pelo macho e assim que se encerrar, os peixes adultos serão retirados do aquário, para não devorar a cria.

Os alevinos nascem cerca de 10 dias após a desova e ficarão pendurados por meio de um fio protéico na vegetação, durante 48 horas absorvendo o saco vitelino. Passado esse perído serão alimentados com gema de ovo cozido, infusórios. Com 18 dias já medem 2,5 cm e serão acrescentadas a sua dieta dáfnias, até que completem 2 meses, quando então serão alimentados como peixes adultos.

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